Bancos reduzem taxas e elevam prazos para financiamento imobiliário
Os bancos cortaram os juros do financiamento imobiliário e ampliaram o prazo de pagamento, em um movimento para alavancar o segmento que apresenta as maiores taxas de crescimento no crédito brasileiro.
Os juros da modalidade nas principais instituições do país variam de 7,7% a 11% ao ano mais Taxa Referencial para a compra de imóveis de até R$ 500 mil (veja quadro).
Com isso, a maioria dos novos contratos é fechada com taxa de 9% ao ano, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário). Há um ano, essas operações eram contratadas, em grande parte dos casos, por 10,5% ao ano.
Para os próximos meses, no entanto, não há previsão de cortes significativos. "Os bancos chegaram no limite do que se pode trabalhar", diz Octavio de Lazari Junior, presidente da entidade. As reduções agora deverão ocorrer de acordo com o relacionamento do cliente com o banco.
A última modificação de juros foi anunciada pelo Santander neste mês. Em maio e junho, Banco do Brasil e Caixa também melhoraram as condições. As demais instituições ainda não anunciaram oficialmente alterações.
O economista José Pereira Gonçalves, especialista em mercado imobiliário, concorda que não há mais espaço para grandes mudanças. "Existe um custo de captação dos recursos pelo banco, não há como diminuir ainda mais essa margem", diz.
A maioria das operações vem de recursos da poupança. Desde maio, os novos depósitos tiveram a rentabilidade reduzida, atrelada a um percentual da taxa básica de juros, a Selic. Com a queda, os bancos tiveram esse custo de captação reduzido.
"Por mais que tenha caído, essa redução é momentânea, atrelada à Selic. Como as operações de financiamento são de longo prazo [até 35 anos], os bancos precisam estabelecer um parâmetro; assim, não têm como cortar mais."
Em relação ao prazo, Caixa e Santander ampliaram o teto de 30 para 35 anos. No anúncio, em junho, a Caixa disse que a vantagem é o aumento da capacidade de compra do mutuário, que pode financiar um imóvel mais caro. A prestação deve ser de até 30% da renda.
Fatores
As instituições consideram a modalidade uma das mais importantes do sistema financeiro atualmente.
O professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração) Ricardo Rocha diz que o interesse vem da possibilidade de a instituição manter relação de longo prazo com os mutuários.
Além disso, a análise de crédito para a concessão é rigorosa e a retomada do bem ocorre rapidamente no caso de inadimplência. "São as operações de crédito mais seguras", afirma Gonçalves.
O crédito imobiliário tem a menor inadimplência do mercado. Em maio, o percentual estava em 2%, enquanto o índice do crédito pessoal, por exemplo, era de 5,7%.
Burocracia
Os bancos têm feito esforços para reduzir a burocracia nessas operações, que ainda estão entre as mais complicadas do sistema financeiro.
As instituições discutem, por exemplo, o registro eletrônico e a padronização dos contratos. A ideia é transmitir, por um sistema, o contrato para o cartório, que o devolve da mesma forma.
Fonte: Folha
Os juros da modalidade nas principais instituições do país variam de 7,7% a 11% ao ano mais Taxa Referencial para a compra de imóveis de até R$ 500 mil (veja quadro).
Com isso, a maioria dos novos contratos é fechada com taxa de 9% ao ano, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário). Há um ano, essas operações eram contratadas, em grande parte dos casos, por 10,5% ao ano.
Para os próximos meses, no entanto, não há previsão de cortes significativos. "Os bancos chegaram no limite do que se pode trabalhar", diz Octavio de Lazari Junior, presidente da entidade. As reduções agora deverão ocorrer de acordo com o relacionamento do cliente com o banco.
A última modificação de juros foi anunciada pelo Santander neste mês. Em maio e junho, Banco do Brasil e Caixa também melhoraram as condições. As demais instituições ainda não anunciaram oficialmente alterações.
O economista José Pereira Gonçalves, especialista em mercado imobiliário, concorda que não há mais espaço para grandes mudanças. "Existe um custo de captação dos recursos pelo banco, não há como diminuir ainda mais essa margem", diz.
A maioria das operações vem de recursos da poupança. Desde maio, os novos depósitos tiveram a rentabilidade reduzida, atrelada a um percentual da taxa básica de juros, a Selic. Com a queda, os bancos tiveram esse custo de captação reduzido.
"Por mais que tenha caído, essa redução é momentânea, atrelada à Selic. Como as operações de financiamento são de longo prazo [até 35 anos], os bancos precisam estabelecer um parâmetro; assim, não têm como cortar mais."
Em relação ao prazo, Caixa e Santander ampliaram o teto de 30 para 35 anos. No anúncio, em junho, a Caixa disse que a vantagem é o aumento da capacidade de compra do mutuário, que pode financiar um imóvel mais caro. A prestação deve ser de até 30% da renda.
Fatores
As instituições consideram a modalidade uma das mais importantes do sistema financeiro atualmente.
O professor de finanças da FIA (Fundação Instituto de Administração) Ricardo Rocha diz que o interesse vem da possibilidade de a instituição manter relação de longo prazo com os mutuários.
Além disso, a análise de crédito para a concessão é rigorosa e a retomada do bem ocorre rapidamente no caso de inadimplência. "São as operações de crédito mais seguras", afirma Gonçalves.
O crédito imobiliário tem a menor inadimplência do mercado. Em maio, o percentual estava em 2%, enquanto o índice do crédito pessoal, por exemplo, era de 5,7%.
Burocracia
Os bancos têm feito esforços para reduzir a burocracia nessas operações, que ainda estão entre as mais complicadas do sistema financeiro.
As instituições discutem, por exemplo, o registro eletrônico e a padronização dos contratos. A ideia é transmitir, por um sistema, o contrato para o cartório, que o devolve da mesma forma.
Fonte: Folha
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